(32) 3212-0347

ARSENIUM

O Simbolismo Maçônico

Kabbala, Gnose e Filosofia

M∴I∴ Helvécio de Resende Urbano Júnior 33º
G∴I∴G∴ do Sup∴ Cons∴ do Gr∴ 33 do R∴E∴A∴A∴
Ali A´l Khan S seis-pontos-m-i I seis-pontos-m-i

Em ARSENIUM, o Simbolismo Maçônico: Kabbala, Gnose e Filosofia, o Ir∴ Helvécio de Resende Urbano Júnior (Ali A’l Khan S seis-pontos-m-i I seis-pontos-m-i ) nos brinda com conceitos, dentro de uma hermenêutica kabbalística e gnóstica, sobre os dogmas e instruções, com os cuidados inerentes ao bom e sagaz Mestre nas Artes. Revela-nos, sem profanar, os ensinamentos que pode e deve ser direito de todos (“The law is for all” AL I § 34, Aleister Crowley). Neste sentido, com perspicácia e sabedoria, ele navega no conhecimento e chega aos comentários historiais das controvérsias e perseguições à Maçonaria pela Igreja Católica e suas políticas suspeitas e questionáveis.

O autor provoca o leitor, seja iniciado ou profano, a examinar as instruções, verificando e desvendando o simbolismo e o misticismo, levando-o a entendimentos para um confronto da árvore da vida com a árvore do conhecimento. Como um ato de relembranças, de recordação, uma vez que esta já está implantado na essência do ser humano, aguardando tão somente um momento para realizar sua ressurgência. Desta forma, o homem apenas se reapropria daquilo que sempre lhe pertenceu e que estava adormecido. Demonstra nas entrelinhas que a Maçonaria, sendo uma instituição autêntica, traz em sua estrutura epistemológica a sua própria marca. Síntese do pitagorismo, do hermetismo, do cristianismo-judaico, das “certezas” científicas provisórias, que estão sempre em metamorfose, desde as tradições mais antigas do Ocidente.

Neste longo “fio de Ariadne”, fio condutor desfiado ao longo dos séculos, a Maçonaria deve sua ininterrupta existência à sua metodologia, reminiscente dos pedreiros operativos, com os edificadores, o esquadro, o compasso, a régua e o nível, que foram e serão sempre suas “ferramentas”, tal como os números e as formas (3,5,7; triângulo, estrela de cinco pontas). Metáforas e parábolas ultrapassaram o tempo e o espaço, desde os construtores das catedrais até os maçons especulativos e aceitos; é daí em diante que a pedra bruta transformada pela inteligência humana se converte em pedra polida, onde o espírito transcende a matéria, para realização da Grande Obra.

Em Arsenium, o Simbolismo Maçônico: Kabbala, Gnose e Filosofia, entre muitos assuntos – histórias, mitos e misticismo desvendado -, o autor disseca os ocultos interesses de uma série de informações maçônicas de cunho iniciático, culminando com reflexões e recordações de signos pouco lembrados ou até mesmo esquecidos, que neste momento voltam com força e vigor trazidos pelo talentoso autor Ali A’l Khan S seis-pontos-m-i I seis-pontos-m-i .. “Aquele que caminha nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tiverem a luz, acreditem na luz, para que sejam crianças de luz” (João, XII, 35,36), assim se nomeiam os francomaçons…

Aguia M∴I∴ Ney Ribeiro 33

PREFÁCIO

 

De acordo com a definição enciclopédica, a Maçonaria é uma instituição necessariamente caritativa, filosófica e progressista, constituída por homens de notório saber, liberais e virtuosos que, sem quaisquer preconceitos raciais, religiosos, políticos ou de classe sociais, consideram-se irmãos entre si. Estes, por sua vez, possuem como objetivo principal a investigação da verdade, o estudo da moral e da prática da solidariedade humana, vivendo em perfeita igualdade, intimamente unidos por laços de recíproca afeição e identificando-se, dentro e fora de Loja, como iguais perante o Eterno. Com muita confiança e mútua amizade, trabalham pelo melhoramento material e moral, pelo aperfeiçoamento intelectual e social da humanidade, promovendo e estimulando, uns aos outros, a prática das virtudes. Isso exposto compreende-se que, quando um profano manifesta o desejo de ingressar nesta Instituição, já deve ter tomado conhecimento dos seus princípios fundamentais, mesmo que seja em linhas gerais.

Outrora, a Maçonaria era uma Fraternidade apoiada num sistema de filiação e atuação extremamente hermético, no sentido mais rigoroso desta palavra, sistema este protegido e velado por juramentos, alegorias e símbolos que, aos poucos, foram sendo, em parte, desvelados, embora muitos profanos ainda permaneçam acreditando na existência de escabrosos e terríveis mistérios entre os pedreiros livres. Certamente ainda existe um grande segredo na Maçonaria e este reside no coração, na mentalidade e no espírito da pura fraternidade entre os Maçons, cuja origem está estribado no ternário Liberdade, Igualdade e Fraternidade, proclamado pelo insigne Louis-Claude de Saint-Martin (18/01/ 1743, Amboise, França – 13/10/1803, Châtenay-Malabry, França), denominado justamente como “O Filósofo Incógnito”, que a atual Maçonaria encoraja, ressaltando, dele, os princípios de tolerância, o respeito mútuo e a liberdade de consciência.

Mesmo considerando suas nobres e sublimes finalidades, a Maçonaria a priori tem sido e ainda é singularmente mal compreendida e apontada, principalmente por aqueles interessados em manter a humanidade em seu atual estado de ignorância, desconhecendo seus mais nobres fundamentos, como sendo uma conglomeração de sectários fanáticos, que abrigaria em seu seio conjuradores facciosos contra a ordem estabelecida e capazes de reprováveis atos sanguinários. Tal crença, embora desprovida até mesmo de sentido, explicaria-se com a lamentável consequência da infiltração, em seus templos, de homens inescrupulosos, de baixa moralidade e escravos de interesses escusos, porém suficientemente argutos para contornarem as dificuldades da sua admissão à Ordem, a fim de colimarem objetivos, exclusivamente pessoais, em detrimento da nobreza da própria Instituição de que se valem. Estes, posteriormente desiludidos nas suas expectativas inconfessáveis por não encontrarem ambiente propício aos seus inconfessáveis desígnios, terminam abandonando-a e passam a liderar a fila dos difamadores e perseguidores da Instituição.

Contudo, a despeito das muitas infâmias, a Maçonaria vem predominando há séculos com seus ideais em favor da humanidade, graças a pureza de seus propósitos e a genuinidade de seus fundamentos. Não se apresenta como uma religião absolutamente exclusivista, nem científica, muito menos política. Ao contrário, engloba, em seu ideal máximo, todos os aspectos superiores das religiões libertadoras, das ciências não ortodoxas e das políticas que visam o absoluto relacionamento social e econômico em prol da humanidade e, em consonância a isso, nivela os maçons em Loja, independentemente de suas militâncias político-sociais, científicas ou religiosas, ou, ainda, de suas condições econômicas e sociais; desencorajando, por conseguinte, a perfilhação de ideias que lesem o direito de seus semelhantes como, também, proíbe, em suas Oficinas, quaisquer discussões sobre os assuntos ligados a sectarismos políticos ou religiosos. Seus ensinamentos conduzem seus componentes ao dever e à honra, quaisquer que sejam as circunstâncias vivenciadas pelos mesmos. Abriga, também, em seu escopo tradicional, a ajuda, o socorro e a proteção entre irmãos, mesmo com o risco da própria vida pessoal, promovendo a defesa mutua contra as injustiças, as perseguições de qualquer cunho ou de qualquer tipo de traição entre seus membros.

A existência e a manutenção dos três graus dentro da Maçonaria simbólica têm, indubitavelmente, sua origem na organização das antigas fraternidades operativas e iniciáticas que objetivavam, acima de tudo dos seus integrantes, a disciplina no aprendizado e a humildade no trato com aqueles que estavam na condição de Mestres. O primeiro grau (Aprendiz) é o alicerce dos GGr∴ simbólicos, também chamados de Maçonaria Azul, estruturado nos Mistérios do antigo Egito; tem como meta inicial o trabalho de esquadrejar e desbastar a Pedra Bruta dentro de si mesmo, ou seja, vencendo suas paixões e libertando-se de todas as arestas que possam constituir defeitos em seu caráter, criando, dessa forma, um sólido fundamento de sua própria elevação e exaltação perante os membros da Ordem que, por sua vez, tem como finalidade tornar seus adeptos dignos de se apresentarem perante o G.A.D.U. como adjudicadores da tarefa de reestruturar a moral da humanidade, que é o verdadeiro objetivo final da Maçonaria Universal.

A Glória ao Grande Arquiteto do Universo!

FRAternitas  Fr∴ R † Jayr Rosa de Miranda (Panyatara) ECLESIA

M∴I∴ Helvécio de Resende Urbano Júnior 33º

G∴I∴G∴ do Sup∴ Cons∴ do Gr 33 do R∴E∴A∴A∴

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